De guerra, de sofrimento, de desespero
A gente tá vendo tudo, tá vendo a gente
Tá vendo, no nosso espelho, na nossa frente
Tá vendo, na nossa frente, aberração
Tá vendo, tá sendo visto, querendo ou não
Tá vendo, no fim do túnel, escuridão
Tá vendo no fim do túnel escuridão
Tá vendo a nossa morte anunciada
Tá vendo a nossa vida valendo nada
Tô vendo, chovendo sangue no meu jardim
Tá lindo o sol caindo, que nem granada
Tá vindo um carro-bomba na contramão
Tá vindo um carro-bomba na contramão
Tá vindo um carro-bomba na contramão
Tá vindo o suicida na direção
"É preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã
porque se você parar pra pensar a verdade não há"
A bomba tá explodindo na nossa mão
O medo tá estampado na nossa cara
O erro tá confirmado, tá tudo errado
O jogo dos sete erros, que nunca pára
7, 8, 9, 10... cem
Erros meus, erros seus e de Deus também
Estupidez, um erro simplório
A bola da vez, enterro, velório
Perda total, por todos os lados
Do banco do ônibus ao carro importado
Teu filho morreu? meu filho também
Morreu assaltando, morreu assaltado
Tristeza, saudade, por todos os lados
Tortura covarde, humilha e destrói
Eu vejo um Bin Laden em cada favela
Herói da miséria, vilão exemplar
Tortura covarde, por todos os lados
Tristeza, saudade, humilha e destrói
As balas invadem a minha janela
Eu tava dormindo, tentando sonhar
"É preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã
porque se você parar pra pensar a verdade não há"
Sou um grão de areia no olho do furacão
Em meio a milhões de grãos
Cada um na sua busca, cada bússola num coração
Cada um lê de uma forma o mesmo ponto de interrogação
Nem sempre se pode ter fé
Quando o chão desaparece embaixo do seu pé
Acreditando na chance de ser feliz
Eterna cicatriz
Eterno aprendiz das escolhas que fiz
Sem amor, eu nada seria
Ainda que eu falasse a língua de todas as etnias
De todas as falanges, e facções
Ainda que eu gritasse o grito de todas as Legiões
Palavras repetidas
Mas quais são as palavras que eu mais quero repetir na Vida?
Felicidade, Paz, fé...
Felicidade, Paz, Sorte
Nem sempre se pode ter Fé, mas nem sempre
A fraqueza que se sente quer dizer que a gente não é forte.
Palavras Repetidas - Gabriel o Pensador.
Desde os primórdios da civilização a raça humana vive em guerra. Guerra por habitat, por comida, por defender seus bens.
Porém não se perguntam da origem desses bens e, muito menos, se preocupam em dividir o que têm com aqueles que nada possuem.
O Mal assola a Terra há anos por um único motivo. Comodismo.
Os mais ricos nunca pensaram em dividir tudo aquilo que conquistaram. Ora, se quando nasceram nada tinham, o que custa dividir um pequeno algo com aquele que nada conseguiu construir? Ainda que não queira doar parte de "seu patrimônio", por que não ajudar as pessoas a buscar, a tentar construir uma vida melhor? Por que não as ensinar a pescar?
No fim do túnel não haverá luz enquanto não houver arrependimento, que etimologicamente significa mudança de atitude, todos olham e acham normal a miséria, a pobreza. Tal comodismo se insere por não ter passado, graças a Deus, pelas mesmas coisas que os Severinos desta pobre vida. "Somos Severinos dessa vida severina, iguais em tudo nessa vida".
Os males acorrem aos usuários de ônibus e também aos de carros importados. O M-E-D-O é consequência de uma política que não se preocupou em tolher tais atos preconceituosos e desvirtuosos. Por esse motivo que se diz haver um Bin Laden em cada favela. Vou mais além. Há um Bin Laden em cada esquina. O ladrão não tem rosto nem roupa nem cor. Pode ser de qualquer etnia, quaisquer facções, quaisquer classes sociais.
A origem é bastante remota. Conseguir aquilo que o outro tem e eu não. E um problema corolário deste primeiro e pior é a ostentação disso por aqueles que conseguiram construir seu castelo de areia.
Para sair do pó e haver ganho algo do que se ostentar (o que não passa de mero narcisismo, pois ao pó voltarás), tivestes a ajuda de muitas pessoas. Desde os varredores de rua, que com suas histórias de vida nos comovem e nos ensinam ainda que implicitamente, até os professores.
Uma classe bastante sub-rogada, desprezada.
Com as costas tão calejadas após anos e anos de servirem como escadas à raça humana, essa importante profissão, no entanto, não recebe o mérito, os louros, mesmo que tenham trabalhado para engrenar educativamente um determinado território sem o fim de se vangloriar, sem ostentar o pleno conhecimento.
O que não se pode ter em mente é a desunião. Somos grãos de areia, porém não podemos formar um furacão - que destroça e arrasa- e sim devemos formar pedras, unir, ligarmos - que constroem.
"Preocupamo-nos em deixar um Planeta melhor para nossos filhos, quando nos preocuparemos em deixar filhos melhores para o nosso Planeta?"
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